Estudantes do curso de Artes Visuais da Universidade de Limoges (França), que realizam residência artística em Pernambuco, estiveram na Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) nesta sexta-feira (28) para conhecer e participar de uma oficina do projeto Galeria Reciclada - ação de responsabilidade ambiental da empresa que utiliza como matéria-prima resíduo do parque gráfico na produção de peças artesanais. 

Fouzia Haia (Marrocos), Niels Tingaud (França) e Zhenyu Wu (China) estiveram acompanhados da gestora do Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, Cíntia Couto, da arquiteta Mariana Façanha e do tradutor Emerson Xavier. A residência artística, com cerca de três semanas, integra a programação do Ano Cultural Brasil-França, em comemoração aos 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. 

Pela primeira vez no país, os artistas plásticos estão sendo assessorados por equipes da Agência de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Adepe) e do Centro Cultural Eufrásio Barbosa. Por aqui, já conheceram alguns centros referenciais da cultura pernambucana, como o Alto do Moura, em Caruaru; a Oficina Francisco Brennand, no bairro da Várzea; e o Centro de Artesanato de Pernambuco, no Bairro do Recife. 

Na Cepe, onde foram recebidos pelo presidente João Baltar Freire, eles conheceram o parque gráfico e o laboratório de criação do projeto Galeria Reciclada. “Fiquei bastante impressionada porque nunca vi uma editora com uma preocupação ecológica, que é também social. Propor um projeto que passa uma mensagem ambiental, mas que permite também que as pessoas possam gerar renda”, avaliou Fouzia Haia. Zhenyu Wu também também achou a experiência bastante positiva. “É espantoso o que se pode fazer ao reciclar papel: criar lindas peças para decoração, mas também gerar oportunidades para as pessoas”. Ao final da oficina, todos puderam levar suas criações autorais. 

Para Júlio Gonçalves, coordenador, idealizador do Galeria Reciclada e funcionário mais antigo da Cepe, a visita dos jovens artistas permitiu uma grande troca de experiências. “É sempre muito importante receber pessoas de outros países, com bagagem cultural diversa. Mais importante ainda é saber que a mensagem  do projeto está sendo levada para além de nossas fronteiras”. 

Foto: Leopoldo Conrado Nunes